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Exclusivo! Marcelo Silva afirma: “Foi uma honra vestir esse manto”

Destaque em 2003, o ex-meia-atacante atuou em 55 jogos e anotou 21 gols, se tornando o quarto maior artilheiro do LEC no Século XXI
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Aos torcedores que acompanharam o Londrina Esporte Clube no início dos anos 2000, vendo equipes aguerridas disputando o Campeonato Paranaense e também a Série B do Campeonato Brasileiro, com certeza vão se recordar desse catarinense que conquistou a marca expressiva de quarto maior artilheiro do clube no Século XXI: Marcelo da Silva Santos, ou simplesmente Marcelo Silva, meia-atacante, natural de Garopaba, a época com 22 anos, foi autor de 21 gols com a camisa Alviceleste e atuou em 55 jogos, entre 2002, 2003 e a rápida passagem em 2006.

Ele volta a ser entrevistado por um profissional de imprensa de Londrina praticamente 14 anos após a sua saída do clube. Tenham a plena convicção que é motivo de muita satisfação, porque na cidade, entre profissionais de imprensa, ex-atletas e ex-diretores que trabalharam com ele, ninguém tinha o contato e tampouco sabiam de notícias do ex-atleta. Poder colocá-lo em contato com o torcedor do clube, que está carente de bons atletas e, principalmente, de atletas que se identifiquem com o Londrina Esporte Clube, é a recompensa dessa entrevista exclusiva.

Foram diversos temas que eu abordei com ex-meia-atacante do Tubarão, e você poderá acompanhar esse bate-papo muito bacana através do meu podcast (Repórter Rafael Ribeiro), hospedado em cinco plataformas de streaming: Spotify, Deezer, TuneIn, Apple Podcasts e Castbox. Nesta última, o acesso é gratuito e ilimitado, basta clicar no player abaixo.

> Como surgiu a oportunidade para defender o Londrina Esporte Clube

Marcelo Silva foi revelado pelo Figueirense em 1998 e se destacou no futebol catarinense desde o início da carreira, com a conquista do estadual em 1999 e o vice pelo Marcílio Dias no ano seguinte. Negociado com o futebol da Coreia do Sul, Marcelinho retorna para o Criciúma (SC) em 2001, onde foi vice no estadual e conquistou o acesso para a Série B do Brasileiro. A oportunidade de vestir a camisa Alviceleste chega após uma negociação frustrada com o futebol mexicano e a convite do empresário Aldivino Generoso, que foi supervisor da equipe profissional do Londrina Esporte Clube, e já o agenciava na época.

> O comando técnico de Ivair Cenci em 2002 e de Roberto Fernandes em 2003

Figuras com personalidades distintas, mas de igual importância para o ex-atleta. Em 2002, em uma equipe aguerrida mas com sem muitos destaques, tinha no comando exigente de Ivair Cenci a sua essência, tanto que em casa, mandando seus jogos no Estádio Vitorino Gonçalves Dias, não perdeu uma partida na Série B do Campeonato Brasileiro: cinco vitórias e sete empates. “Um cara muito enérgico, né? Ele exigia dos jogadores uma energia fora do comum. Foi muito bom trabalhar com ele. Aprendi muito com o Ivair. Ele cobrava muito”, afirmou Marcelo Silva.

No ano seguinte, o jovem Roberto Fernandes, com 32 anos a época, foi promovido da categoria de base para a equipe profissional e fez uma boa campanha pelo LEC. “Eu lembro que ele armava o time em cima do adversário. Ele era um estudioso do futebol. Ele já era um treinador moderno. Joguei com ele depois no Vila Nova e no Náutico. Eu aprendi muito com ele”, relembrou o ex-meia-atacante do LEC.

> Os principais gols e jogos vestindo a camisa do Tubarão

Em 2002, um 18º lugar sofrível na competição. No ano seguinte, a 10ª colocação foi amarga porque o Tubarão viu nas últimas rodadas a possibilidade de ficar em os oito primeiros e garantir a vaga nas quartas, ‘escapar pelas mãos’. Marcelo Silva, com uma memória fora do comum, lembrou de algumas partidas, entre elas, em 2002, no Estádio VGD, uma vitória do LEC com gol dele sobre o União São João de Araras (SP), por 1 a 0.

No ano seguinte, alguns jogos também ficaram guardados na memória do ex-atleta, como por exemplo: o gol contra o Coritiba na semifinal do Paranaense; a vitória por 4 a 2 contra a Portuguesa (SP), na estreia dele na Série B, quando marcou um gol no Café; na derrota para o Palmeiras por 1 a 0, no Estádio Palestra Itália, hoje Allianz Parque, em São Paulo (SP), na bela partida que o Tubarão realizou; nos dois gols contra o Gama (DF), fora de casa, no empate por 2 a 2; o gol contra o Botafogo (RJ), no Estádio do Café, naquele 2 a 2; e as duas assistências contra o Santa Cruz (PE), fora, também em um 2 a 2.

Confira, com exclusividade, as fichas técnicas dos principais jogos citados:

01/10/2002 – LEC 1 x 0 UNIÃO SÃO JOÃO (SP)

LEC: Serginho, Jamur, Marcão, Jozimar e Fabinho; Rocha, Alex Lopes, Marquinhos Guarapuava (Reginaldo) e Wesley (Germano); Marcelo Silva (Rodrigo) e Paraguaio. Técnico: Ivair Cenci.

União São João: Neneca, Valdo, Félix, Agnaldo (Tales) e Osmar; Bidu, Senegal, Marco Antônio e Zinho (Rafael); Galvão e Márcio Carioca. Técnico: Play Freitas.

Gol: Marcelo Silva a 1’ do 2º Tempo

08/03/2003 – CORITIBA 2 x 2 LONDRINA

Coritiba: Fernando, Ceará, Juninho, Fabrício e Ricardo (Almir); Reginaldo Nascimento, Roberto Brum, Tcheco (Pepo) e Lima (Gelson); Marcel e Edu Salles. Técnico: Paulo Bonamigo.

LEC: Marcelo, Jamur, Marcão (Zaltron), Dé e Fabinho (Fábio Zeni); Dário, Rocha, Márcio Allan (Marcos Cruz) e Valdeir; Paraguaio e Marcelo Silva. Técnico: Roberto Fernandes.

Gols: Reginaldo Nascimento aos 9’ do 1º Tempo e Marcelo aos 4’ do 2º Tempo; Paraguaio aos 28’ e Marcelo Silva aos 46’ do 2º Tempo.

30/05/2003 – LEC 4 x 2 PORTUGUESA (SP)

LEC: Marcelo, Cassiano, Dé, André Turatto e Adavílson; Dário, Rocha (Júnior Gaúcho), Fumaça (Gilsinho) e Valdeir; Paraguaio (Germano) e Marcelo Silva. Técnico: Roberto Fernandes.

Portuguesa: Gléguer, Ricardo Lopes, Evaldo (Wagner), Willian e Cláudio; Capitão, César (Fágner), André Luís e Nem; Marcos Denner e Alex Alves. Técnico: Luiz Carlos Martins.

Gols: Paraguaio aos 18’ e Marcelo Silva aos 44’ do 1º Tempo, Fumaça aos 14’ e Marcelo Silva aos 43’ do 2º Tempo / Alex Alves aos 7’ do 1º Tempo e aos 30’ do 2º Tempo.

19/07/2003 – PALMEIRAS (SP) 1 x 0 LONDRINA

Palmeiras: Marcos, Corrêa, Daniel, Alceu e Lúcio; Marcinho Guerreiro, Magrão, Adãozinho (Leonardo) e Pedrinho (Fábio Gomes); Anselmo (Diego Souza) e Vágner Love. Técnico: Jair Picerni.

LEC: Marcelo, Lima (Cassiano), Marcão, Dé e Fabinho (Anderson Lobão); Dário (Márcio Allan), Rocha, Germano e Valdeir; Fumaça e Marcelo Silva. Técnico: Roberto Fernandes.

Gol: Vágner Love aos 8’ do 2º Tempo

26/07/2003 – LONDRINA 2 x 2 BOTAFOGO (RJ)

LEC: Marcelo, Cassiano, Marcão, André Turatto e Fabinho (Anderson Lobão); Dário, Rocha (Gilsinho), Márcio Allan (Marcian) e Valdeir; Fumaça e Marcelo Silva. Técnico: Roberto Fernandes.

Botafogo: Max, Márcio Gomes, Sandro, Edgar e Rodrigo Fernandes; Túlio, Fernando, Valdo e Camacho; Edivaldo (Têti) e Leandrão. Técnico: Levir Culpi.

Gols: Marcelo Silva aos 37’ do 1º Tempo e Anderson Lobão aos 45’ do 2º Tempo / Camacho aos 4’ do 1º Tempo e Fernando aos 2’ do 2º Tempo.

02/09/2003 – GAMA (DF) 2 x 2 LONDRINA

Gama: Bruno, Jéfferson, Nen, Émerson e Rochinha; Daniel, Wesley (Kléber), Fábio Costa (Adriano) e Rodriguinho; Anderson e Luciano Fonseca (Abimael). Técnico: Estevam Soares.

LEC: Serginho, Lima (Jamur), Marcão, Dé e Fabinho (Márcio Allan); Dário, Réferson, Júnior Gaúcho (Haroldo) e Valdeir; Anderson Lobão e Marcelo Silva. Técnico: Roberto Fernandes.

Gols: Marcelo Silva aos 8’ do 1º Tempo e aos 17’ do 2º Tempo / Anderson aos 38’ do 1º Tempo e Adriano aos 36’ do 2º Tempo.

> A emoção em saber que é o quarto maior artilheiro do LEC no Século XXI

Eu tive a oportunidade de comunicar o ex-atleta do Londrina Esporte Clube sobre essa marca tão importante com a camisa Alviceleste e, durante a entrevista, ele revelou a emoção ao saber que mais uma vez entrou para a história do clube: “Eu vou ser sincero com você Rafael: essa informação veio através de você. Eu estava tomando café com a minha esposa e os meus filhos e eu fiquei muito feliz, me emocionei ali. A carreira de jogador passa muito rápido. Eu saí de casa com 16 anos e voltei com 32. Quando eu parei, eu fiquei sem chão. De repente você me manda mensagem e diz que eu sou o quarto maior artilheiro do clube. Poxa, isso não tem preço”.

> Sentimento quando mencionam ‘Londrina Esporte Clube’

Marcelinho, como também é chamado, hoje mora com a família em sua cidade natal, ao lado da esposa Jaqueline e dos filhos Daniel (14), Matias (12) e Lucas (dois meses), e é professor de Educação Física, trabalhando em uma escolinha de futebol. As recordações das experiências no clube estão guardadas em uma memória riquíssima e também em um acervo pessoal, com recortes de jornal e a camisa Alviceleste na sala da sua casa, que fala com orgulho: “Quando você é jovem, você acaba se identificando com o clube. O meu primeiro amor é Deus, e o segundo, naquele momento, era o Londrina. Como prova desse amor, eu tenho a camisa do Londrina ao lado de outras, em quadro aqui na sala da minha casa. Quando eu quero me lembrar, eu pego os recortes e mostro para os meus filhos. Eu sou eternamente grato por tudo”.

> Marcelo Silva escalou a sua ‘Seleção Alviceleste’ com os atletas que atuou

Em três anos vestindo a camisa do Tubarão, Marcelo Silva pode atuar com um grande número de atletas, devido a grande rotatividade do elenco nas viradas de ano. Eu fiz o pedido a ele para que escalasse o melhor time com os atletas que já atuou junto pelo LEC, e o ex-meia-atacante não titubeou: Marcelo e Serginho foram os goleiros; Jamur na lateral-direita; Marcão e André Turatto na zaga; Fabinho e João Pessoa fecham o sistema defensivo pela lateral-esquerda; Rocha e Germano foram os volantes escolhidos; Valdeir foi o seu companheiro na criação das jogadas do Tuba; Paraguaio e Anderson Lobão no ataque.

Roberto Fernandes, técnico do bom time Alviceleste em 2003, foi o escolhido para comandar essa Seleção Alviceleste, escalada pelo ex-meia-atacante do Tubarão. Marcelo Silva também fez questão de lembrar dos nomes que trabalharam com ele na primeira passagem pelo clube, como o do gestor Iran Campos, a frente do LEC na época; do roupeiro Ni, querido por todos os atletas; e do preparador físico José Carlos Venturini, colaborador com mais tempo de casa atualmente no Londrina Esporte Clube.

Confira algumas fotos de Marcelo Silva com a camisa do LEC:

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(Foto: Reprodução)
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Revista Placar em 2003 mostrou a base do elenco Alviceleste para a Série B (Créditos: Revista Placar)
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Marcelo Silva e Germano realizando trabalhos físico no VGD (Foto: Folha de Londrina/Reprodução)
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Marcelo Silva (7) anotando o gol do empate contra o Anapolina (GO) em 2002 (Foto: Folha de Londrina/Reprodução)
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Paraguaio e Marcelo Silva treinando no Estádio VGD (Foto: Folha de Londrina/Reprodução)
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Marcelo Silva (9) comemorando um dos seus gols, em 2003, com a Falange Azul (Foto: Folha de Londrina/Reprodução)
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(Foto: Folha de Londrina/Reprodução)
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(Foto: Folha de Londrina/Reprodução)
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Formação Alviceleste em 2006, pela Copa 100 Anos, em um jogo contra o Atlhetico – Em pé: Carlos Sérgio (auxiliar), João Carlos, Júnior, Allan Aal, Alex, Valdir e Márcio Vieira (preparador físico); Agachados: Baiano, Macedo, Igor, Ivan, Edson Paulista e Marcelo Silva. (Foto: Reprodução)
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A camisa do LEC está em um quadro na sala da casa do ex-atleta (Foto: Arquivo Pessoal)

Confira alguns gols de Marcelo Silva pelo LEC:

Rafael Ribeiro (@ribeirosrafael) é repórter da Paiquerê FM 98.9 e setorista do LEC

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